No entanto aquele risinho maroto quando falou dos custos com medicamentos faz-me pressentir o mais fácil, o que ele melhor sabe fazer, "sacar" mais margem - a balbúrdia continua; compensa-se não pagando. Escrevi eu
anteontem.
Noticia agora o
Sol que «os medicamentos vão baixar de novo 6% no preço de venda ao público, em 2007. O SOL sabe que José Sócrates e Correia de Campos propuseram esta sexta-feira a redução à Associação Nacional de Farmácias e à Apifarma».
A fórmula é previsível descem os preços e descem as comparticipações. O doente paga o mesmo (ou um pouco mais...); as Farmácias, a Indústria e - indirectamente - os Médicos, recebem menos; o Estado poupa uns milhões.
Ora isto não é gerir, muito menos governar; não se pode usar este estratagema indefinidamente. O desperdício, a anarquia, o descontrolo continua no SNS. Adia-se apenas a implosão. Curto-prazo, política de contabilista, quem vier a seguir que feche a porta.
E faltam ainda os descontos nos medicamentos pelas Farmácias, consignado no acordo Governo-ANF. E as rendas variáveis nas Farmácias dos Hospitais. Mas isso já é matéria mais complicada; fácil, fácil é reduzir os preços, isso até Correia de Campos e Sócrates sabem fazer.