Segundo notícia do
DE, o jornal
preferido do Ministério da Saúde, «o governo prepara legislação que permite descontos, venda de medicamentos pela internet e alargamento do horário de funcionamento das farmácias» e «
mudanças na regras geográficas e demográficas para abertura de novas farmácias».
Nada que não se soubesse. Já muito - demais - se falou sobre este assunto. Decisões definitivas e datas é que continuam a ser sucessivamente adiadas, desestabilizando o sector e consequentemente prejudicando os doentes.
O destaque que merece esta
não notícia deve-se apenas ao facto de o acordo entre a ANF e o Ministério da Saúde terminar em Junho, o que pressupõe uma negociação em curso, com um limite temporal bem definido. Ora pode-se então presumir que o gabinete de Correia de Campos deixou transparecer este ligeiro levantar do véu apenas com uma intenção: pressionar a ANF na negociação dos pagamentos devidos pelo Estado.
Estamos então, perante uma vergonhosa mistura de interesses do Estado como cliente, e devedor crónico, com os interesses dos cidadãos e dos doentes no que respeita à qualidade da assistência medicamentosa; mistura de finanças do Estado e saúde da população.
Não é esta a postura que deve ter o Estado Português - não é digna nem séria!