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A Botica

Este blogue é complementar ao Impressões de um Boticário de Proví­ncia.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Frente de blogues de Saúde 

Está em construção a Frente de blogues de Sáude. Por enquanto constituída pelo Saúde SA, um blogue de Administradores Hospitalares, e pelo Impressões de um Boticário de Província; em breve seremos muitos.

«Vamos juntar forças para desenvolver uma luta inteligente contra tudo o que ponha em causa o Serviço Nacional de Saúde


Peliteiro,   às  13:19
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quinta-feira, outubro 19, 2006

Mina de ouro 

Remexendo nos arquivos, fui encontrar uma troca de mimos a respeito do regime das Farmácias, antiga, de Fevereiro de 2004, com o Prof. Vital Moreira.
Eu - reconheço agora à distância - fui grosseiro e chamei-lhe "comuna empedernido" defensor do liberalismo económico; Vital Moreira respondeu à letra dizendo que eu estaria possuído de uma "fúria trenga" e ingloriamente alinhava apenas duas ou três considerações irrelevantes.

É importante remexer nas memórias.

Passados mais de dois anos e meio já ninguém tem dúvidas que este Governo tem um ódio de estimação às Farmácias, que as usa como arma de arremesso para falsamente se vangloriar da coragem em enfrentar lóbis e que só não arrasa definitivamente o sector por medo de prováveis efeitos secundários, por medo que a perda de qualidade dos serviços prestados aos doentes possa depauperar ainda mais o nosso sistema de saúde.

A prática diz-nos então - concluo eu - que o eminente Prof. Vital Moreira estava errado, que o regime de liberalização que defendia - ainda defenderá? - é inexequível e perigoso, a não ser a coberto de uma imensa irresponsabilidade. Irresponsabilidade que nem, com esforço, os seus camaradas do Governo são capazes.

É difícil compreender o mundo sentado num gabinete.

Peliteiro,   às  14:19
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terça-feira, outubro 17, 2006

Virtual e real 

«O primeiro-ministro faz uma magnífica gestão virtual e mediática daquilo que não faz». Paula Teixeira da Cruz, no DE.

No passado Sábado estive num jantar de antigos alunos da FEP. Numa roda de conversa, amáveis, os Economistas lá pararam de falar economês e cederam uns minutos de atenção à avis rara de Farmácia. Julgo que os convenci que Correia de Campos é um péssimo Ministro da Saúde; tenho alguma prática disso...
Mas o que mais me surpreendeu foi o facto de indivíduos informados e atentos estarem convencidos que já estava em vigor a livre propriedade de Farmácia, a livre instalação de Farmácia (ou a descida abrupta da capitação), a abertura de Farmácias em Hospitais, etc, etc.
Ou seja, no meu sector profissional, de facto, há uma enorme diferença entre o que este Governo diz que faz e aquilo que realmente faz, há uma magnífica gestão virtual e mediática.

Peliteiro,   às  23:53
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As taxas moderadoras para cirurgias e internamento não são taxas nem moderam, são impostos, são o início do fim do SNS, são inconstitucionais.

Visite o Movimento de utentes da Saúde.




Subscreva já a: PETIÇÃO !

Peliteiro,   às  14:03
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domingo, outubro 15, 2006



As drogarias Schlecker, com mais de 14.000 lojas na Europa - Alemanha, Áustria, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, França, Espanha, Itália, República Checa, Hungria, Polónia e Dinamarca - tem planeado para 2006 a abertura de mais lojas em novos países europeus.

Em Portugal também, pelo que se pode ver no mapa. Correia de Campos se pudesse subsidiava o investimento, a ver se invertia a tendência de fracasso das suas queridas ParaVazias.

Peliteiro,   às  23:02
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Dictamen 

Os Espanhóis receberam em Julho um parecer da UE, aqui apresentado, relativo às normas de propriedade e estabelecimento de Farmácia.
O resumo dos argumentos de defesa do Ministério da Saúde podem ler-se AQUI.
Acompanharemos as cenas dos próximos capítulos.
PS- Persistem as dúvidas sobre a existência, ou não, de um parecer semelhante para Portugal.

Peliteiro,   às  22:45
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sábado, outubro 14, 2006

6% 

No entanto aquele risinho maroto quando falou dos custos com medicamentos faz-me pressentir o mais fácil, o que ele melhor sabe fazer, "sacar" mais margem - a balbúrdia continua; compensa-se não pagando. Escrevi eu anteontem.
Noticia agora o Sol que «os medicamentos vão baixar de novo 6% no preço de venda ao público, em 2007. O SOL sabe que José Sócrates e Correia de Campos propuseram esta sexta-feira a redução à Associação Nacional de Farmácias e à Apifarma».
A fórmula é previsível descem os preços e descem as comparticipações. O doente paga o mesmo (ou um pouco mais...); as Farmácias, a Indústria e - indirectamente - os Médicos, recebem menos; o Estado poupa uns milhões.
Ora isto não é gerir, muito menos governar; não se pode usar este estratagema indefinidamente. O desperdício, a anarquia, o descontrolo continua no SNS. Adia-se apenas a implosão. Curto-prazo, política de contabilista, quem vier a seguir que feche a porta.

E faltam ainda os descontos nos medicamentos pelas Farmácias, consignado no acordo Governo-ANF. E as rendas variáveis nas Farmácias dos Hospitais. Mas isso já é matéria mais complicada; fácil, fácil é reduzir os preços, isso até Correia de Campos e Sócrates sabem fazer.

Peliteiro,   às  14:22
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Petição 

Petição contra as taxas moderadoras na Cirurgia e Internamentos: AQUI !

Peliteiro,   às  00:13
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Saúde SA:

Vladimiro:


O argumento do maço de tabaco e do bilhete de cinema é bem o exemplo da honestidade intelectual de CC na questão das taxas de punição... aliás, enquanto se venderem bens não essenciais de preço superior ao das taxas, tudo será permitido segundo esta lógica distorcida...

Tonitosa:
Não posso deixar de mais uma vez expressar o meu desacordo com a aplicação de "taxas de punição" nos serviços de saúde que a todos são devidos e que devem ser financiados pelos nossos impostos.
Diz o Senhor Ministro que muitos vão ficar isentos. Pois é, na verdade os que pagam são sempre os mesmos. Já pagam impostos com taxas mais elevadas em função dos rendimentos, pagam propinas, pagam IVA porque consomem mais, pagam imposto sobre os combustíveis porque são quem anda de carro, e até gastam menos ao Estado porque não têm isenções, não recebem subsídios para isto e para aquilo, não recorrem muitas vezes ao SNS porque vão a médicos particulares, etc., etc..
E agora vão passar a pagar os cuidados em internamento e as cirurgias (e o mais que há-de vir).
E dizer que 5 euros não paga sequer a refeição, é claramente uma justificação de quem não tem argumentos. Porque se assim é, então teremos que diferenciar os preços em função das condições logísticas. E bem sabemos que vários hospitais funcionam em piores condições que muitas clínicas veterinárias. Temos que fazer pagar menos a quem ficar internado numa "camarata" (há quem lhes chame enfermarias!)com seis, oito e dez camas ou mais, em comparação com um doente (governante - ou alguém por ele recomendado - ou outro VIP) que fique internado num quarto com uma só cama e com toda a gente à sua volta.
E como se explica a isenção de menores de doze anos, mesmo que filhos de "pais ricos", e fazer pagar as taxas a famílias de rendimento médio?
E terá explicação a isenção de grávidas com rendimentos elevados, de bombeiros e de dadores de sangue? Se o sangue não pode ser "vendido" não estaremos, afinal, a introduzir por essa via um sistema de pagamento?
Porque razão tem que ser a saúde a "contribuir" para os bombeiros? Não deverão aqueles ser compensados por outras vias e por receitas de outras origens como, por exemplo, parte dos prémios de seguros?
Enfim isto só não dá para rir porque infelizmente estamos a assistir ao desmantelamento do Estado Social, e á introdução de novos e mais graves factores de desigualdade e injustiça social.

Peliteiro,   às  00:09
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sexta-feira, outubro 13, 2006

Há coisas fantáásticas, não há? 


Afinal a Saúde vai bem e recomenda-se, afinal parece que nem há listas de espera, nem doentes sem médico, parece que vamos todos ter uma urgência pertinho de casa, que nascer em grandes cidades é o último grito da moda, que pagar taxas moderadoras - ou de utilização, ou de financiamento, ou o que lhe quisermos chamar desde que paguemos - não custa nada, que para o ano vamos ter medicamentos muito mais baratos, que o orçamento vai ser cumprido, que os velhinhos viverão em resorts de luxo, que é tudo um mar de rosas...

Das Farmácias já nem fala (o que será feito da legislação aprovada, na generalidade, em Conselho de Ministros há já 15 dias?), desistiu presumo, é muita areia para ele. No entanto aquele risinho maroto quando falou dos custos com medicamentos faz-me pressentir o mais fácil, o que ele melhor sabe fazer, "sacar" mais margem - a balbúrdia continua; compensa-se não pagando.

Frase da noite, a reter, sobre as taxas de utilização: «Vamos começar por aí...»
Pergunta da noite - seria, se tivesse sido feita - porque fazem greves todos os funcionários públicos, excepto os sempre tão reivindicativos Médicos?

Peliteiro,   às  00:07
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quinta-feira, outubro 12, 2006

À venda na sua Farmácia 

Muitas marcas de muitas coisas têm o uso de colocar nos seus anúncios a afirmação "à venda na sua Farmácia", ou similar.

À partida deveríamos, nós Boticários, ficar satisfeitos por uma determinada empresa anunciar que comercializa em exclusivo os seus produtos através do canal de distribuição Farmácia.
Mas nem sempre isso acontece. Muitas vezes ficamos com a impressão que se estão a aproveitar da fama dos nossos bons serviços, da qualidade dos produtos que seleccionamos e da confiança que os consumidores (já pareço um tecnotretas) têm no seu Boticário.

Não basta que uma qualquer empresa venha dizer que o seu produto está à venda nas Farmácias, já que - por enquanto - as Farmácias são livres de seleccionar o que vendem ou não vendem, quando se trata de produtos não medicamentos. Portanto nem sempre o que se anuncia neste campo é verdadeiro.

Um exemplo é o Botoina, com anúncio frequente nos jornais. Não conheço o produto nem vou dizer dele, portanto, mal ou bem (que fique bem claro). Vou falar apenas no anúncio.
Eu nunca venderia numa minha Botica um produto com uma promoção assim. Começa pelo nome, "Botoina", parecido com Botox, que me faz lembrar as sapatilhas "Ardidas" ou as calças de ganga "Lékis", ou os "Quispos", et reliqua. Por outro lado, eu que, modéstia à parte, fiz as duas Químicas Orgânicas à primeira, ambas com 15 valores, com o lendário Prof.º Campos Neves - coisa que poucos se podem gabar, modéstia à parte repito - não entendo patavinas da composição, não faço a mínima ideia do que seja o Acetyl Dipeptide-1 Cetyl Ester nem o Pentapeptideamide-4; também estudei Análise Química e a marcha dos catiões com o Prof.º Vitor Lobo da Faculdade de Ciências, não com resultados tão distintos é certo, mas pertencendo sempre à fracção dos 5% aprovados - modéstia à parte, claro - e julgo que não existe e não existirá nunca uma molécula constituída por apenas dois catiões e denominada Sodium-Potassium.

Resumindo, e investido da autoridade conferida pelos meus cãs caducos, para os consumidores, nem sempre o que se anuncia como de "venda em Farmácia" se vende realmente em Farmácias; para os Colegas, não vendam tudo o que se anuncia como de "venda em Farmácia" para que a expressão "venda em Farmácia" continue a contar com a credibilidade que sempre teve e que se deseja venha a manter.

Peliteiro,   às  23:12
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quarta-feira, outubro 11, 2006

Prof.º Carvalho Guerra 

«Tem a carta de Farmacêutico, mas possui o dom de Alquimista.

Se há versos que incarnam, e incarnando, imprimem carácter e definem pessoas, o primeiro de O Infante foi clarividentemente escrito para Carvalho Guerra - "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce"».
Escreve Paulo Rangel - e bem, como de costume - na revista O Tripeiro.

Aquele que é considerado o pai da Universidade Católica no Porto cede hoje a presidência da instituição, que liderou nos últimos 28 anos.

O Prof.º Carvalho Guerra nunca foi meu Professor - sou de Coimbra - embora conheça razoavelmente bem a sua carreira e os seus feitos; cruzei-me com ele em alguns congressos e falamos - infelizmente para mim - apenas uma vez. É uma personagem imponente, que se nota, que sobressai e que se faz ouvir. É um homem que admiro.
Apesar dos seus 73 anos, de certeza que continuará a fazer obra.

Peliteiro,   às  23:16
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Benecol 

Alimentos ou medicamentos? Que consequências para os consumidores? Que controlo na sua publicidade? A ler no Núcleo Duro de Farmácia.

Peliteiro,   às  23:13
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terça-feira, outubro 10, 2006

Mil ideias 

Propostas apresentadas no SaudeSA, no âmbito do projecto "Mil ideias":


1

IDEIA: Instalar uma central de compras para medicamentos, reagentes para laboratórios e outros para venda a instituições públicas e privadas de Saúde.

O QUÊ: As compras de medicamentos, reagentes para laboratórios e outros produtos de elevado valor e uso generalizado são efectuadas individualmente pelas diferentes unidades de Saúde Portuguesas.
Pretende-se alavancar o poder negocial do conjunto dos prestadores de serviços de Saúde, Públicos ou Privados, por forma a conseguir descontos comerciais por volume, a avaliar as compras efectuadas por instituições públicas e a reduzir os custos de encomenda individuais.

COMO: A central de compras (CC), mais apropriadamente central de negócios não intervém na logística dos produtos, apenas negoceia com os fornecedores.
A CC tem autoridade e tem acesso total às quantidades e preços das compras efectuadas e das compras previsíveis de todas as unidades de Saúde Públicas.
A CC negoceia com os fornecedores e promove a venda junto de toda e qualquer unidade de sáude legalmente integrante do ciclo do produto (incluindo, por exemplo, Armazenistas, Farmácias, Laboratórios de Análises, Imagiologia?).
A CC reterá uma margem para funcionamento e investimento próprio.
A compra pela unidade de Saúde é livre; as instituições públicas serão responsabilizadas se uma eventual não compra se vier a traduzir em prejuízo.

ONDE: Num escritório, de um edifício devoluto do MS, com 200m2, e 6 postos de trabalho.

QUEM: 1 AH Sénior Economista; 1 AH Sénior Jurista; 1 Farmacêutico Sénior; 1 Analista Clínico Sénior; 2 Farmacêuticos Juniores.

QUANDO: Amanhã.

QUANTO: Sem encargos de funcionamento.
Redução de 0,5% nas despesas de medicamentos e reagentes para laboratórios das unidades de Saúde Públicas em 2007. 1% em 2008. 2% em 2009.

Problemas/efeitos indesejados: Os fornecedores tentarão eliminar o poder negocial através de interferências negociais e de influência política; As unidades de Saúde poderão apresentar alguma resistência ao projecto.

Grau de dificuldade: Baixo, 1 espada.

OBERVAÇÃO FINAL: "Joga bonito" e simples.






2

IDEIA: Encerramento de laboratórios de análises clínicas e anatomia patológica.

O QUÊ: Quase todos os Hospitais têm o seu próprio laboratório de análises clínicas e muitos têm laboratórios de anatomia patológica.
Do ponto de vista da despesa ? pessoal, equipamento, espaço, consumíveis ? temos que os exames laboratoriais com mais peso não são geralmente urgentes.
As vias de comunicação e as ferramentas telemáticas evoluíram consideravelmente nos últimos anos, possibilitando transporte e transmissão de dados em tempo útil.
Propõe-se que os Laboratórios Hospitalares concentrem os seus recursos na realização de exames laboratoriais urgentes (a que chamaremos de nível I ou II) e que sejam criados laboratórios principais (de nível III), que se distinguem pela especialização e pelos ganhos de rentabilidade.


COMO: Os laboratórios de nível III recebem as amostras e respectiva informação dos vários hospitais ?clientes? e à medida que os relatórios dos exames se completam são disponibilizados por via telemática.
Os laboratórios de nível I e II repartem os recursos entretanto libertados para os de nível I e para uma melhor assistência aos doentes dos CS, USF e medicina privada.


ONDE: Concentração progressiva. Inicialmente recorrendo a instalações, equipamento e pessoal de laboratórios existentes; em fases seguintes podem usar-se espaços disponíveis do MS, bem servidos por acessos (ex. a antiga maternidade de Barcelos ou a Júlio Diniz após instalação do CMI do Porto).

QUEM: Não há lugar a contratações; antes a reestruturação de tarefas dos actuais profissionais (os Patologistas Clínicos podem dedicar-se mais à patologia Clínica, ou lá o que é isso).

QUANDO: Início amanhã. A reestruturação começará a apresentar efeitos num trimestre; velocidade de cruzeiro num ano.

QUANTO: Não possuo dados mas suspeito que muitos milhões.
Por exemplo, Lisboa tem um parque de equipamentos maior que Paris (diz-se), alguns deles a operar 2 horas /dia; Famalicão, Guimarães, Barcelos, Braga, Fafe, Póvoa, Vila do Conde, Viana tem cada um o seu LAC e mesmo assim subcontratam análises a privados; Hospitais há com, por exemplo HIV efectuados no serviço de sangue e no de patologia ou com mais que um laboratório.

Problemas/efeitos indesejados: As associações profissionais do costume poderão pronunciar-se contra, mas sem muita convicção, presumo.

Grau de dificuldade: Baixo, 1 espada.

OBERVAÇÃO FINAL: Começa pelo fácil e aprende a fazer o difícil.






3

IDEIA: PRESCRIÇÃO OBRIGATÓRIA POR DCI.

O QUÊ: Obrigatoriedade de prescrição por DCI nas receitas médicas comparticipáveis.


COMO: Se na receita médica não constar o DCI do medicamento prescrito não é comparticipada.

ONDE: Todas as receitas médicas comparticipáveis.

QUEM: Todos os Médicos; todas as Farmácias.

QUANDO: Ontem.
(Os doentes são devidamente informados para que não "paguem as favas" e para que a "culpa" não seja atribuída à Farmácia).

QUANTO: Um estudo que encomendei à UCP aponta para um acréscimo no mercado de genéricos de 10%.

Problemas/efeitos indesejados: Greves e tumultos instigados pela OM.

Grau de dificuldade: Muito alto, 5 espadas.

OBERVAÇÃO FINAL: «Não tenhais medo!».






4

IDEIA: Fim dos genéricos de marca.

O QUÊ: Acaba o absurdo dos medicamentos genéricos de marca. Ou é genérico ou é marca!

COMO: A IF detentora de AIM de genéricos de marca opta pela conversão em genérico ou em marca.

ONDE: Madeira incluída.

QUEM: IF Nacional incluída.

QUANDO: Ontem.

QUANTO: Um estudo que encomendei à UCP aponta para um acréscimo no mercado de genéricos de mais 5% e poupanças de uns milhões.

Problemas/efeitos indesejados: Greves e tumultos instigados pela OM e APIFARMA.

Grau de dificuldade: Muito alto, 5 espada.

OBERVAÇÃO FINAL: «Não tenhais medo!».






5

IDEIA: Reduzir a utilização de modificadores da secreção gástrica no ambulatório.

O QUÊ: Os modificadores da secreção gástrica representam um peso muito elevado no sistema de comparticipações (não haverá em Portugal assim tantas úlceras, esofagites, ZE e H.pylori!!!). As indicações terapêuticas são bem definidas mas nem sempre serão respeitadas: unha encravada = antibiótico + omeprazol cx.30; torcicolo = AINE + lansoprazol cx.60; garrafa de vinho verde = pantoprazol cx.56, etc, etc.

COMO: Protocolo de indicações terapêuticas de cumprimento estrito para efeitos de comparticipação.
1ª fase: usar como auxiliar de prescrição;
2ª fase: o incumprimento injustificado implica processo disciplinar ou, na privada, perda da condição de prescritor do SNS.

ONDE: Receitas comparticipadas.

QUEM: Todos os prescritores no ambulatório.

QUANDO: Elaboração do protocolo 30 dias. 1ª fase até final ano.

QUANTO: 1ª fase: redução de vendas do grupo terapêutico de 50%; 2ª fase: redução de vendas de mais 10%.
Esta medida seria - para além da poupança imediata para o Estado e para os doentes - sobretudo simbólica e formativa, uma chamada de atenção para os clínicos, recordando que os recursos são escassos devendo portanto ser bem geridos.
[Admito no entanto ter escrito sem estar na posse de dados sobre a prevalência das patologias em causa, ter escrito tendo como base, apenas, impressões de Boticário de província.]

Problemas/efeitos indesejados: Greves e tumultos instigados pela OM.

Grau de dificuldade: Muito alto, 5 espadas.

OBERVAÇÃO FINAL: «Racionalizar sem racionar».

Peliteiro,   às  00:27
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segunda-feira, outubro 09, 2006

Este blogue é uma extensão de 

Impressões de um Boticário de Província


Peliteiro,   às  23:47
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domingo, outubro 08, 2006

Quero a prescrição por DCI 


Ideia do Colega Guidobaldo, lançada no Saúde SA, baseada na campanha do Collectif Europe et Médicament: Quero que me prescrevam por DCI - denominação comum internacional. Uma campanha, em Portugal, que se destina ao conhecimento e à sensibilização de doentes e de profissionais de saúde.

«DCI é o verdadeiro nome do medicamento. O resto são nomes de fantasia com fins exclusivamente comerciais.
Prescrever por DCI é um instrumento para a racionalização da terapêutica.
Prescrever por DCI não viola o direito de patente.
Prescrever por DCI, quando existem genéricos, é um instrumento de poupança.»
.

Da campanha original fazem já parte 11 fichas práticas para ajudar os cidadãos a perceber a importância da prescrição por DCI: 1- A DCI é mais clara e menos confusa; 2- A DCI diminui os riscos de sobredosagem; 3- O mesmo nome para o mesmo medicamento, em todo o mundo; 4- A DCI destacada na embalagem diminui os riscos de erro; 5- A DCI ajuda a evitar os efeitos indesejáveis dos medicamentos; 6- A DCI diminui os riscos de confundir os medicamentos; 7- A DCI ajuda a evitar as alergias aos medicamentos; 8- Peça ao seu Farmacêutico para sublinhar a DCI nas embalagens; 9- A DCI é o verdadeiro nome do medicamento, um genérico é uma cópia do medicamento; 10- A DCI permite reconhecer inequivocamente um medicamento; 11- Com a DCI, sabemos verdadeiramente os medicamentos que usamos. Seria interessante e útil fazer uma campanha assim em Portugal.

Peliteiro,   às  23:14
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O mercado a funcionar 

«Algumas empresas da Europa e dos Estados Unidos estão a misturar esteróides, feitos na China, de forma propositada, camuflada e ilegal, aos suplementos nutricionais que produzem e são vendidos mundialmente através da Internet.
E nem sempre os fabricantes limpam de forma adequada as linhas de produção, pois já foram encontrados esteróides em multivitaminas, magnésio e vitaminas C, produtos consumidos por adultos e crianças.»
No PÚBLICO.

Peliteiro,   às  23:01
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Tecnotretas 

O meu primeiro emprego foi no Hospital de Fafe. Fazia muitas urgências; jovem e disponível, no Verão chegava a estar mais de 2 meses sem um único dia de folga. Era um Hospital pequeno, de província; sozinho assegurava o Laboratório de Análises e o Serviço de Sangue.
Lembro-me de muitos episódios, uns agradáveis, outros dramáticos, passados nos fins de 80. A propósito da reestruturação das urgências recordo agora dois:

Quarta-feira, ao fim da manhã, dá entrada um idoso, muito combalido, apresentando queixas de dor forte no peito irradiando para o braço esquerdo. Desde quando? Desde Domingo. Desde Domingo e só agora vem à urgência? É que no sítio onde moro - lá para a serra, onde passava o rali - só há carreira à Quarta, dia de feira, e por isso só hoje pude vir. Lá vou eu a correr fazer os CK; o homem tinha um enfarte do tamanho de um elefante!

*

Domingo à tarde, víamos o filme da tarde, sossegados, pouco que fazer, entra uma ambulância a fazer uma chinfrineira medonha. Vem o Bombeiro, de Celorico ou Mondim, e diz que traz uma parturiente. Ó homem aqui não há Maternidade, tem que seguir para Guimarães; eu não sigo para lado nenhum, a mulher andava a cortar erva no campo e rebentou-se-lhe a bolsa de águas vai para 2 horas, até já se vê a cabeça da criança. Tem que seguir para Guimarães. O Bombeiro estava em choque, tremia e suava como um cavalo febril. Um dos dois clínicos foi à ambulância e confirmou a história. Entra a mulher, aos gritos, de pernas abertas e ainda com umas meias de feltro grosseiro, cheias de ervas e lixo, gritando, dizendo ai que vou morrer, ai que vou morrer mais o meu filho, acudam-me...

Nenhum dos três morreu. Estatisticamente estes casos, verídicos, são irrelevantes - mas correspondem a três vidas.
Talvez os peritos considerem que mesmo que sem Urgências em Fafe, eles não morreriam. Talvez.
As Urgências de Fafe vão fechar em breve.

Peliteiro,   às  22:45
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quarta-feira, outubro 04, 2006

Cheiros de Besugo 

Correia de Campos, sobre a infecção nosocomial, no seu habitual estilo, lavou as mãos, assobiou para o ar e deitou as culpas para os outros, para quem trabalha. O Besugo, que não é homem para ficar calado, respondeu-lhe à letra, e muito bem. Ao Sr. Ministro - que se pela por aparecer na TV, para dar uma ideia de dinâmica - faz-lhe falta o conhecimento do terreno, em todos os sentidos.

Peliteiro,   às  14:03
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Direito à indignação? 

O ministro da Saúde admitiu hoje ser "demasiado" que um utente esteja a quase uma hora de distância de um serviço de urgência, mas ressalvou que os objectivos da reestruturação são medidos em percentagem de atendimento.

E o número de mortos, também é contado em percentagem?
Os crescimentos das clínicas privadas, essas sim, serão medidas em grandes percentagens.
Talvez faça falta aos Portugueses conhecer melhor a Hungria...

Peliteiro,   às  00:16
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terça-feira, outubro 03, 2006

Maternidades e urgências 

Uma dúvida que não consigo esclarecer é a razão pela qual o Ministério da Saúde encerra Maternidades e Urgências - exactamente os serviços hospitalares em que as populações serão mais sensíveis - e não encerra outros serviços como Ortopedia, Cirurgia, Análises Clínicas, etc, etc.

Peliteiro,   às  14:12
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segunda-feira, outubro 02, 2006

Prémio Nobel da Medicina 



Atribuído o prémio Nobel da Medicina a Andrew Z. Fire e Craig C. Mello, Americanos, pela contributo para a compreensão de um mecanismo fundamental para o controlo do fluxo da informação genética, o ARNi, importante na regulação da expressão dos genes e indispensável no estudo da função genética.

Sublinho, na atribuição deste Nobel, o relevo concedido à Genética enquanto àrea essencial na saúde humana e à multidisciplinaridade (Mello é licenciado em Bioquímica e Fire em Matemática).

Ler mais sobre a importância deste Nobel, aqui, nas explicações de Carolino Monteiro, geneticista e professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.

Peliteiro,   às  13:27
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