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A Botica

Este blogue é complementar ao Impressões de um Boticário de Proví­ncia.

segunda-feira, abril 24, 2006

5 milhões 

5 milhões de euros para o lixo:

O ministro revelou a possibilidade de avançar com um programa conjunto com o ministério da Ciência, através do qual serão admitidas candidaturas a projectos de investigação clínica que venham de universidades, hospitais ou centros de saúde.

«Para isso, dispomos de 2,5 milhões de euros da parte do Ministério da Saúde e possivelmente de outro tanto por parte do Ministério da Ciência. Estamos a preparar os termos de referência desse concurso para o lançarmos», acrescentou Correia de Campos.


Bem sei que é discutível, que é pessimista, o que eu penso. Mas uma dotação de 5 milhões de euros para projectos de investigação clínica em universidades, hospitais ou centros de saúde Portugueses só terão um resultado: 5 milhões para o lixo.
Na área de investigação em causa, com a nossa estrutura, organização, recursos e experiência os resultados serão nenhuns, quando comparados com as instituições de topo, públicas e privadas, que há muito se dedicam ao assunto.

Delírios... Entretanto, milhares de doentes cardio-vasculares nem um médico de família têm...

Peliteiro,   às  14:04
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sexta-feira, abril 21, 2006

Nova legislação para as farmácias no segundo semestre 

Segundo notícia do DE, o jornal preferido do Ministério da Saúde, «o governo prepara legislação que permite descontos, venda de medicamentos pela internet e alargamento do horário de funcionamento das farmácias» e «mudanças na regras geográficas e demográficas para abertura de novas farmácias».

Nada que não se soubesse. Já muito - demais - se falou sobre este assunto. Decisões definitivas e datas é que continuam a ser sucessivamente adiadas, desestabilizando o sector e consequentemente prejudicando os doentes.

O destaque que merece esta não notícia deve-se apenas ao facto de o acordo entre a ANF e o Ministério da Saúde terminar em Junho, o que pressupõe uma negociação em curso, com um limite temporal bem definido. Ora pode-se então presumir que o gabinete de Correia de Campos deixou transparecer este ligeiro levantar do véu apenas com uma intenção: pressionar a ANF na negociação dos pagamentos devidos pelo Estado.

Estamos então, perante uma vergonhosa mistura de interesses do Estado como cliente, e devedor crónico, com os interesses dos cidadãos e dos doentes no que respeita à qualidade da assistência medicamentosa; mistura de finanças do Estado e saúde da população.

Não é esta a postura que deve ter o Estado Português - não é digna nem séria!

Peliteiro,   às  20:04
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terça-feira, abril 18, 2006

Só os burros não mudam... 

Todos nós mudamos de opinião, de discurso. Uns mudam mais que os outros. Uns são autênticos cata-ventos; como os políticos!

A Saúde não é um mercado económico, mas um quase-mercado em que a concorrência pode gerar uma situação adversa. Disse Correia de Campos. Quem te viu e quem te vê...

Peliteiro,   às  23:53
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terça-feira, abril 11, 2006

Novo curso de Ciências Farmacêuticas 

Universidade da Beira Interior aposta na área da Saúde

Mais um!
Este país tem uma fixação por medicamentos e afins.
Cursos na área da Farmácia, universitários e politécnicos - excepcionalmente, hoje estive de acordo com Vital Moreira, vindo ao caso citar o fenómeno que denominou como a "universitarização" do ensino politécnico e pela "politecnização" das universidades -, surgem como cogumelos; a discussão da política do medicamento e das Farmácias foi tema nobre de discussão - ainda que muito mal discutido - no último ano; Farmácias, parafarmácias, ervanárias, e outras para-lojas brotam pelas cidades e pelas aldeias.

Estaremos todos muito doentes? Com certeza que sim - da cabeça!

Peliteiro,   às  23:36
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Dia Mundial da Saúde 


Health workers - the people who provide health care to those who need it - are the heart of health systems. But around the world, the health workforce is in crisis - a crisis to which no country is entirely immune. The results are evident: clinics with no health workers, hospitals that cannot recruit or keep key staff.

Porquê? Porque faltam tantos profissionais de Saúde? Em Portugal não é por falta de recursos económicos, gastaram-se nas últimas décadas fortunas com a educação. Então porquê, a quem interessa este desiquílibrio tão acentuado entre a oferta e a procura?
A resposta só pode ser uma: interessa aos próprios profissionais de saúde e interessa aos governos, coniventes, a quem interessa, por algumas formas, limitar o acesso aos cuidados de Saúde.

Peliteiro,   às  23:33
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segunda-feira, abril 10, 2006

Ignaz Semmelweis 

Por volta de 1846, 1847, Ignaz Semmelweis, um jovem médico Húngaro, obstetra num Hospital de Viena, deparou-se com um problema importante e intrigante. No seu Hospital havia duas alas de obstetrícia, usando os mesmos materiais e métodos; numa delas, mais vocacionada para o ensino, registavam-se taxas de mortalidade neonatal por febre puerperal de cerca de 13% - na outra apenas de 2%.
Taxas tão elevadas - mesmo para a época - concorriam para o descrédito da instituição e provocavam o pânico entre as parturientes que - como é compreensível, zelando pela sua própria vida - preferiam ter os seus filhos em casa, sob os cuidados de parteiras ou doulas (como acontecerá, ao que dizem, em S.Tirso).

Note-se que na altura a microbiologia não existia e os micróbios ou gérmenes, os humores, estavam mais relacionados com a filosofia e a religião do que propriamente com a medicina e a ciência, tal como hoje a vemos.

Semmelweis abordou a questão de várias perspectivas e formulou várias hipóteses - nenhuma delas conclusiva. Decidiu então trocar o pessoal, os da 1ª ala passariam a trabalhar na 2ª e vice-versa. A situação inverteu-se, as febres altas das parturientes acompanharam os estudantes e a morte passou a manifestar-se na 2ª ala.
Explicações é que não se encontravam, a análise das causas não produzia resultados já que os estudantes não podiam ser os culpados, pois não tinham intervenção significativa no acto de parir.

Foi então, por acaso, como muitas vezes - diz a lenda - acontece em ciência, que um episódio trágico se revelou, o Eureka da questão: um amigo de Semmelweis, anatomo-patologista do Hospital, durante uma autópsia fere-se na mão e em poucas horas á assumido por febres altas e morre.
Um quadro clínico em tudo parecido com o das parturientes! A causa podia ser a mesma!
Observando bem percebeu que os estudantes, no fim das aulas de anatomia, lavavam as mãos sumariamente, limpavam as mãos a umas toalhas comuns pestilentas e seguiam para a ala de obstetrícia, tocando com as mãos contaminadas, várias vezes, vários, na mesma mulher.
[Felizmente na época não era a pouca vergonha dos nossos dias, senão as febres seriam comuns também entre as namoradas desses estudantes.]

Estava descoberta a higiene e a importância da lavagem das mãos na limitação das infecções nosocomiais!

Ora isto foi há mais de 200 anos!
Entretanto, eu chamei a atenção para o problema há mais de um ano, sublinhando que um bom Hospital não se avalia apenas pelo bonito que se vê, e Correia de Campos também, o ano passado, quando «deu um "puxão de orelhas" aos médicos e outros profissionais do hospital de São João afirmando que «muitas mãos não são lavadas» quando passam de um doente para o outro, o que resulta na enorme taxa de infecções que se registam naquele hospital».

Ninguém nos ouviu!
Caros colegas profissionais de Saúde, obriguem os vossos directores ou patrões a disponibilizar condições necessárias para atender aos apelos da OMS, Clean Care is Safer Care, e sigam as suas guidelines relativas à lavagem das mãos.

Peliteiro,   às  23:49
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sexta-feira, abril 07, 2006

Bíblias 

Num fórum de Farmácias do ORKUT pediam-se os 3 livros fundamentais do Farmacêutico. Indiquei 3+1, criei uma alínea para análises clínicas e outra para qualidade.

Farmácia:

1- Martindale: The Complete Drug Reference

2- Goodman & Gilman's The Pharmacological Basis of Therapeutics

3- Textbook Of Medical Physiology - Guyton

4- Harrison's Principles of Internal Medicine


Análises Clínicas:

1- Henry's Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods

2- Bailey & Scott's Diagnostic Microbiology

3- Douglas Atlas of Clinical Hematology (livro+CD)


Qualidade:

Farmácia - ISO 9001:2000 for Small Business: Implementing Process-Approach Quality Management; Gaal

Laboratório - Practical Guide to Accreditation in Laboratory Medicine; ISO 15189; Burnett



Já agora pedia a opinião dos colegas que por aqui passem.

Peliteiro,   às  23:19
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quinta-feira, abril 06, 2006

Fisco lança ofensiva sobre as farmácias 

Este título, do Jornal de Negócios teve repercussão imediata em vários jornais e televisões.
«De acordo com um documento interno das Finanças, a que o Jornal de Negócios teve acesso, as farmácias incluem-se na "Prioridade 1", que engloba os sujeitos passivos com maior risco de incumprimento.»

Ora o principal cliente das Farmácias é o próprio Estado, como bem se sabe, através da comparticipação dos medicamentos; por outro lado os clientes-doentes raramente se esquecem de pedir factura, válida como dedução de IRS; ainda a Farmácia, que eu saiba, são a única actividade obrigada a imprimir facturas em duplicado, uma para o cliente, outra - em papel contínuo - para o fisco. Os principais fornecedores são grandes companhias farmacêuticas multinacionais, cotadas em bolsa, com sistemas de controlo de gestão eficientes e cuja imagem nunca poderia ser toldada por pequenas negociatas de fuga ao fisco num país mínimo.

Com base nestes factos pode-se concluir que a margem de "fuga" não será assim tanta que justifique a inclusão na dita "prioridade 1" das Finanças. De imediato me lembro de tantas outras actividades onde é muito mais fácil, provável e evidente a evasão fiscal.

Porque têm os jornais acesso a documentos internos das Finanças e porque indiciam apenas as Farmácias como pertencendo ao grupo da "prioridade 1"?

Peliteiro,   às  22:42
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terça-feira, abril 04, 2006

Matosinhos: utentes passam a fazer análises no centro de saúde 

Com o objectivo de melhorar a acessibilidade a este meio complementar de diagnóstico, a Unidade Local de Saúde de Matosinhos decidiu alargar a estes utentes os serviços prestados pelas duas unidades de colheita existentes e que funcionam em ligação com o laboratório de análises clínicas do Hospital Pedro Hispano.
Com esta medida, pretende-se dar continuidade ao processo de internalização iniciado em 2003 e concentrar no laboratório do Hospital Pedro Hispano toda a actividade de análises clínicas prescritas nos centros de saúde.


Muito bem. Falta dizer que a liberdade de escolha do doente, ao que sei, não existe; falta dizer se a opção do Ministério da Saúde rentabiliza o laboratório do Hospital ou se as despesas com exames laboratoriais explodiram (julgo que ninguém sabe bem).

Entretanto imagine-se a reacção dos laboratórios privados de todo o país; não conhecendo orientações, intenções ou planos do Ministério, não sabendo se esta "experiência" é para prosseguir, para generalizar ou se inesperadamente, inexplicavelmente, abortará daqui a uns meses. Dada a instabilidade das políticas da Saúde a reacção é óbvia, parece-me a mim: não investir, não inovar, não formar, não empregar e esperar que este Ministro seja rapidamente remodelado.

Peliteiro,   às  23:53
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Lab tests online 

Quer saber tanto de análises clínicas como eu? Bom, tanto como eu não diria, vá lá não abusem, mas se tiverem dúvidas sobre análises consultem o Lab tests online.
Descobri-o agora e, numa primeira abordagem, parece ter fácil consulta e algum rigor científico.

Peliteiro,   às  22:42
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segunda-feira, abril 03, 2006

Farmacêuticos militares 



A primeira noite de Primavera não se coaduna com escritos muito profundos. Ao ver a famosa fotografia de Joe Rosenthal, talvez a mais famosa imagem de guerra, apeteceu-me apenas prestar homenagem aos Farmacêuticos que foram militares (eu incluído), intrépidos (eu não incluído), como é o caso de John H. Bradley (o último, com um cantil aberto) um dos seis militares que ergueram a bandeira Americana no monte Suribachi, durante a batalha de Iwo Jima.
O resto da epopeia dispenso-me de contar, vejam o novo filme de Clint Eastwwod "Flags of Our Fathers".


Peliteiro,   às  23:41
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